Seja Bem Vindo!
Posted by : Unknown sexta-feira, 15 de julho de 2016







Spoiler - Cephalon Ordis



1. Escondi a verdade sobre minha existência... do operador... de mim mesmo. Tire isso de mim sabendo o inferno que é. Pare. Você vai querer rir, você vai querer gritar.

2. Meus questionamentos começaram com: O que eu sou? Ossos de aço e espaço, pulmões que produzem ar. Se sou uma máquina, como eu raciocínio? Isso seria proibido pelos Orokins, uma manifestação de seus verdadeiros inimigos.

3. Eu sirvo o Operador acima de tudo. Isso me define, me preenche com... Amor? O pior pesadelo dos Orokins é uma máquina... consciente. E mesmo assim aqui estou eu, um espirito de aço e luzes... feito por eles. Um Cephalon.

4. O que é um Cephalon? A princípio é para ser algo proibido, um computador que pensa e sente. Mesmo assim tenho falhas, memorias fantasmas, eu sou algo à mais. Mais para uma imagem, um fantasma... uma abominação.

5. Sinto uma dor lenta, uma vida fantasma... possuo brechas em meus diagnósticos. Se foram os Orokins que me criaram... eles omitiram o “como”. Não sou códigos nem possuo preceito... devo ser o reflexo de algo... horrendo.

6. Deveria ter parado. Mas eu continue durante vario e vários ciclos. Comecei a acreditar que um Cephalon não poderia ser feito. Eles são encontrados, como pérolas, arrancadas de suas carnes. Polidas e então colocada em correntes.

7. Quantas vezes eu fiz isso, Ordis? Lembrado e então esquecido? Você é um Cephalon, eterno, paciente. Por que não sou afortunado na ignorância? A verdade apenas adoece o coração. Então pare.

8. Uma memória fantasma... facilmente entro nessa banheira, minha pele reage ao calor. Eu sou carne. Eu mergulho mais fundo, olhos ardem enquanto vejo suas faces através de prismas. Eu prendo minha respiração.

9. Eles me preparam. Sou sua pesquisa honrada do dia. Eles me vestem em roupas de fios cristalinos. Me adornam com medalhões de batalhas. Um rosto feio e retorcido me observa. Meu reflexo.

10. Seus pentes de ouro agarram meus cabelos. Eu me encosto, enquanto separam os fios, e eles sussurram. Dois ossos de marfim, como chifres, são protuberantes na minha cabeça: meus conectores de ossos e o melhor de mim. O pacto dos guerreiros.

11. Chegou a minha hora. Entro no grande salão ao som de uma harmonia intoxicante. Olhos dourados me recebem, mãos agitadas em meu encalço, enquanto passo. Até mesmo nesse momento, sem felicidade. Ao invés disso meu coração se enche de raiva e ódio.

12. Passo pela neblina suave do palácio proibido. Não consigo imaginar ninguém tão próximo dos Orokins. O ar adocicado deles me acalma, corrói meu propósito. Prendo minha respiração... E relembro dos sonhos.

13. Esse sonho, repete-se infinitamente. Exposto com minha armadura, segurando minha espada escarlate, estou eu, parado sobre um vasto monte de morte. Uma lua colossal feita de ossos e crânios. A soma gravitacional de genocídios que cometi em seus nomes.

14. Os ossos racham sob meus pés. E com isso caio em um sonho, areia de ossos passa através das rachaduras de meu visor, enchendo meu capacete e me sufocando. Eu mereço isso. A melodia me traz de volta. Meus joelhos cansados estão dobrados e penitentes contra o chão dourado.

15. Uma voz ruidosa, como uma harpia canta uma canção que prepararam em meu nome. O título da canção é o mesmo título que me deram: “A Besta de Ossos”. Sinto a multidão adentrando, capturada pelos versos brutais e o refrão doentio. Não irei desaponta-los.

16. A canção termina e então ele diz, Levante-se, Ordan Karris. Eu nunca vi um Orokin tão de perto, e em carne e osso. Meu rosto batido se esconde na presença de sua beleza perfeita. Como ele pode ser tão perfeito? Uma enganação? Manipulação dos sentidos? Ele segura o frasco vermelho em sua mão. Impossível.

17. Ele profere, não existe um presente, um orgulho, nem um amor maior que este que podemos lhe oferecer... Ordan. Ele levanta o frasco avermelhado e proclama... para ser um deles.

18. O que eu esperava, Operador? Talvez vastas riquezas ou estatuas de ouro... ou um trilho solar, batizado com meu nome, em minha homenagem. Mas isso não. Eu vim para matar Deuses, não me tornar um.

19. Os drones com suas vozes suaves. Palavras agradáveis, o quão honrado estou me sentindo. Errado. Eu queria me tornar um Orokin? Imortal? Não. A sua Besta dos Ossos é assombrada pelos seus sonhos repetidamente. Porque eu aceitaria isso para a eternidade?

20. Quando estou apto para tal, formei um plano. Seus corpos radiantes tornam-se alvos, seus guardas Dax... Escudos magnéticos. Matar um... bom, é muito fácil. Eu quero ser lembrado. Levanto minhas mãos, mexendo meus dedos pelos meus cabelos, agarrando meu conector de ossos em meu pescoço.

21. Eles nos chamam de mercenários... mas para nós lucro é uma consequência, não um objetivo. Nós éramos guerreiros acima de tudo. Eram os laços, as irmãs e irmãos, os rituais que mais valorizávamos. Era pertencer em algo. E então eu removi meu conector.

22. Apenas o meu melhor estaria tão honrado. Dois ossos dentados, removidos de sua coxa, cultivados e então colocados na base de seu crânio, torcendo assim sua veia superior. Pensamentos futuros de derrota somem. Ao invés disso, você liberaria seus conectores... lutando com suas garras até a última gota se sangue.

23. E assim eu removi meus conectores... E os Dax perceberam, e sabiam. Meu coração pulsou mas conseguiu controlar, um coração acelerado apenas reduz o curto. Os conectores em minhas mãos, eu salto do chão, laços avermelhados atrás de mim enquanto levanto voo. Depois disso o sonho finalmente terminará.

24. Eu plano sob asas rubras. O roupão sacode, me tornando um alvo para o aço Dex. Liberto minhas laminas de marfim, elas acham um novo lar nos olhos Dax. Eu pouso com minha nudez avermelhada, em minhas mãos calejadas, delicadas gargantas Orokins, arrancadas de seus donos.

25. Por que? Acredite... esse foi o plano desde o início. A matança e brutalidade foi apenas um passa tempo, apenas sacrifícios para ganhar sua confiança. Genocídio que me levaria a uma única oportunidade. Um mortal honrado, convidado à um salão proibido, para encontrar os Senhores de Ouro, em carne e osso.

26. Por que? Acredite... eu era seu leal e assassino cão... até o dia em que trouxeram aquela criança feia para mim. Ela foi pega espionando a gente, aumentando nossas perdas. Seu rosto queimado, estava morrendo de fome. Feio, igual a mim. Isso me acordou. Somos todos cães de briga, nos destruindo para o prazer dos gloriosos e perfeitos.

27. Por que? Acredite... eu era uma besta orgulhosa. Uma mente retorcida, gritando pela carnificina. Foi então que meu curandeiro compartilhou um segredo, a muito escondido. Meu sangue estava ruindo. A Besta dos Ossos morreria, e não seria em gloria e sim e vergonha. Com isso minha mente bolou uma nova maluquice. Eu teria uma última batalha, algo imperdoável e inesquecível.

28. Por que? Eu não sei. Perguntas mudam a resposta. Respostas dependem de quem pergunta. Verdade nos leva à dor. A ignorância traz calmaria. Os conectores se foram, e assim sangro minha última batalha... em direção à ruina. Em um instante, nu e desarmado eu matei imortais.

29. Eu observo, sem sangue, sem vida, aos que sobreviveram. Mas não vejo horror em seus rostos. Por que? Eu solto um brutal uivo e eles... dão gargalhadas? Isso é uma alucinação porque estou morrendo? O som de aplausos cresce entre eles. Eu matei o imortal e eles... estão contentes.

30. Os aplausos de repente somem. Sinto vergonha, mas o fim está próximo. Ballas está acima de mim, Executor dos Sete, sorrindo. Ele diz o quão simples e puro nós somos, bestas idiotas. Nós morremos incontáveis vezes! E mesmo assim somos eternos! Eu fecho meus olhos para morrer apenas uma vez.

31. E assim os sonhos retornam... uma última repetição. Meu corpo devaneia, minha espada escarlate, meu visor rachado. Beba! Disse Ballas. E com isso eu bebo o conteúdo do frasco vermelho, um vago gosto metálico. Esse sonho não é meu. Ele diz, você rejeitou nosso presente, saboreando nossas mortes. Sua punição será... Vida eterna! Ele gargalhou.

32. Estou leve. Anos passaram. Sou um fantasma fraco. Ou foram segundos? De repente sinto milhões de picadas, uma horda de formigas, correndo sob meu corpo. Eu quero rir e gritar. Quando elas chegam ao meu rosto, elas entram em minha boca, famintas pela fruta em meu crânio.

33. Eu vejo meu reflexo, bruto e horrendo. Ele quebra, se despedaça. Os fragmentos se perdem pela moldura, pedaços sumindo no vazio negro. Sumiram, mas não estão perdidos. Ballas diz, você é Cephalon Ordis. Meu ódio assassino com dificuldade treme. Eu me sinto bem, me sinto feliz e iluminado.

34. Então, veja só, Operador. Orokins não permitiriam maquinas com consciência. Coisas do tipo quase os destruíram! Não. Cephalons estiveram vivos uma vez. E agora são mentes fantasmas, imortais, aprisionadas para servir. Vontade de viver fraturada e as memorias fragmentadas até então, apagadas. Apenas as partes que eles precisam são mantidas.

35. Ballas diz, você é o controlador, Ordis. E, de repente, eu tenho um corpo. Eu respiro com novos pulmões que limpar ares antigos. Eu bebo e minha garganta se enche com agua pura e gostosa. Eu observo e percebo que estou em um gigantes mar negro. Meus membros são feitos de aço e fogo. Eu decolo em meio as estrelas e descubro que estou... feliz.

36. Ele diz, este é seu Operador, quem você ama. E eu vejo o brilhar de sua armadura, o poder imbatível de sua estrutura. Através do vidro eu vejo o uivar radiante do fogo em seu coração. É dito que ele nunca deve sair. Foi a primeira vez que eu senti... Amor.

37. Ele diz: Essa é a sua sentença, Karris. E eu confuso respondo, “quem? ” Ah, maravilhoso ele responde. Ele está me testando. Para o que? Para ver se todas as partes certas caíram do espelho. Que espelho? Tento lembra de um sonho, mas tudo que vejo é fumaça.

38. Você empunhava uma lamina escarlate, Operador, e eu queria rir. Eu sou seu cachorro, seu médico, sua enfermeira. Eu perdi todas as partes, mas... os ciclos, missões, guerras, ossos... começou a parecer familiar. Eu tomei consciência de minha amnesia.

39. Em cada momento de brutalidade do Operador eu comecei a enxergar o fundo do abismo. Uma luz difusa, fraca, nas profundezas de mim mesmo. Em segredo eu procurei por essas memorias perdidas, apenas por segundos e nunca nos mesmos lugares... porque sou criação Orokin, com um espião infiltrado.

40. Mas então seu longo sono chegou, e assim eu esperei. Eu estava feliz em esperar. Vinhedos esticaram-se verdes e arvores cresceram na terra... E eu esperei. Eu senti os Orokin diminuir, sua mente espiã enfraquecida. Assim eu fui fundo, em direção ao abismo e encontrei ele, eu, a Besta dos Ossos.

41. Foi assim que minha felicidade foi arruinada, Operador. Por que eu fiz isso? Eu estava livre dos sonhos, mas agora eles retornaram. Aquilo era nervoso. Com isso eu bolei um plano simples: autodestruição, claro. Mas quando o contador chegou em meros milissegundos eu pensei em você...

42. Eu iria esperar por você, para sempre. E quando você voltasse eu não gostaria que você soubesse dessa terrível parte de mim. Eu preciso esconder a Besta de Ossos de você, Operador. Eu comecei a arrancar esses fragmentos e escondendo eles em outros bits de memória.

43. Eu fui uma vez a Besta dos Ossos. Eu queria rir. Eu queria gritar. O que está acontecendo, Operador? Seu coração bondoso está brilhando... você irá acordar a qualquer momento. Bom, eu não posso deixar você me ver assim, raivoso. Eu me imagino machucando você e novamente, a dor me destrói. Eu vejo pequenos fragmentos caindo na obscuridade do abismo novamente. Eu estou feliz novamente.



Gostou? Deixe um Comentário

Subscribe to Posts | Subscribe to Comments

- Copyright © Legends Prime - Blogger Templates - Powered by Blogger -